carta.


Querido Tom,

Releio hoje sua carta, falando sobre caminhos e amores impossíveis.
Receio que esteja errado, já que não mudaria um segundo sequer da nossa caminhada juntos.
Acho pobre um amor que pode ser resumido em palavras, então peço que se lembre; se lembre das ruelas escondidas, aquelas que guardaram na arquitetura o começo da nossa história; havia música, havia leitura, havia dança. Uma simples melodia se fazia motivo para um rodopio leve e
um aconchego delicado no seu ombro, bailando de rosto colado. Quanto ao desejo, daquele beijo com pressa, do contato do corpo e principalmente dos olhos, surgiam sentimentos i-na-cre-di-tá-vel-men-te belos ! Que amor é amor se não for extremamente tolo ? Nesse patamar estão as cartas de amor, os CD's e as tão esperadas mensagens no celular antes de dormir.

Amor, penso que me esqueceste. Não entendo porque se foi, se é quando se vai que se esquece, e que se permite esquecer.

Termino a carta com um até logo que demora feito adeus.

Com amor, Kim.




- Eu não posso, não aguento mais conviver com sua ausência.
- Você sabia, você teve escolha.
- Eu nunca tive escolha.



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