(...) mas no final de tudo, sempre existirá o pensamento em mim. Lembrará de um apelido inventado, de um presente comprado porém nunca entregue, lembrará da saudade que sentiu durante aquela viagem de quinze dias longe, lembrará o quanto já chorou e de como prometeu nunca mais chorar, lembrará das ligações não-atendidas-propositalmente, lembrará das músicas que falavam tudo, lembrará do jeito único de sorrir, lembrará da noite na praia em que a lua e o mar fizeram-se um só pra assistir o começo de tudo, lembrará de um band-aid especial mas de nenhuma ferida, lembrará do esforço feito pra que desse certo. E quando lembrar vai perceber o quão foi hostil em proibir que o coração dissesse sim à sua maior vontade que era ficar junto, e vai perceber que era verdade que no mundo não houve quem mais te amasse. Então vai, se puder ir.
E o meu pulmão anda cismando em não querer respirar.
Meu Deus, o que anda acontecendo com o mundo ? São secas, são chuvas, são terremotos, ondas gigantes, temporais, enchentes, destruição de casas, pessoas desalojadas, cidades abaixo dágua, lugares quentes frios, lugares frios quentes, lugares tropicais completamente na seca. E a natureza não dá um tempo ! Todos os dias, em todos os jornais, a fúria, as mortes, a falta de esperança. O desespero de um mundo inteiro. O natureza parece andar ocupada retribuindo às pessoas todos os favores que o homem fez ao mundo desde que pensou que era o dono de tudo.

E eu não tiro a razão.